O PASTOR E A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
O homem pode fazer uma boa
administração do seu sacerdócio, como Samuel, ou administrar de forma ruim,
como Eli e seus filhos. A unção de Deus não torna o sacerdote inerrante. A
Bíblia aponta homens de Deus, ungidos, que fizeram escolhas erradas. A Bíblia
ensina que cada um tem uma vocação. Um pregador não é, necessariamente, um bom
administrador.
A Bíblia mostra que José fora
desprezado por seus irmãos, mas Faraó soube reconhecer a sua sabedoria. Por
vezes, empresas reconhecem bons atributos em pessoas que sequer são percebidos
em suas igrejas. Se forem chamadas a opinar, certamente trariam grandes
contribuições à administração eclesiástica, como fazem para a administração de
suas empresas. O administrador eclesiástico deve fazer uma gestão competente e,
para tal, deve ser assessorado por pessoas com conhecimento no assunto.
Maquiavel reconheceu Moisés como um
dos maiores líderes de todos os tempos e ainda admitiu a possibilidade do líder
ter recebido de Deus orientações. Atribuir resultados de uma competente
administração à graça de Deus, como admitiu Maquiavel com relação a Moisés, é
coerente, mas conseqüências da má administração jamais são de origem divina.
A centralização e a falta de
transparência na administração financeira das igrejas não são atitudes éticas e
podem ser foco de suspeitas. A decisão de emprego dos recursos deve ser
deliberativa, com propostas vindas da direção ou do grupo, pois dará maior
legitimidade às decisões. O conhecimento do destino dos recursos ofertados será
aspecto motivador à contribuição, se estes forem bem empregados.
Se o grupo é constituído por pessoas
que prezam os mesmos princípios e buscam o melhor resultado, não faltarão boas
ideias para o emprego dos recursos. Admitir que a maioria do grupo não fará a
melhor deliberação é admitir que, em sua maioria, o grupo não é de qualidade ou
confiável.
A fé que motiva os fiéis a entregar
os recursos não retira do administrador eclesiástico o dever de bem administrar
e prestar contas. A transparência na gestão dos recursos dará aos membros
condições de avaliar a qualidade do administrador. Não é possível a igreja
avaliar a habilidade de seus gestores se não lhe for dada informações
suficientes.
O obreiro digno do seu salário não
deve administrar sozinho os recursos de onde sai o seu sustento. Deve haver uma
tesouraria e um conselho fiscal competente, independente, discreto, leal e
sério. Deste modo, o pastor estará fugindo da aparência do mal. Ademais, Deus
conhece o profundo dos corações, mas os seres humanos desconhecem. Santidade e
transparência com os recursos da igreja devem ser marcas dos sacerdotes que são
também administradores.
Fonte: Adaptado do Artigo de Rubens Teixeira
O PASTOR E A GESTÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS
Reviewed by Ezequiel Ramalho Gomes
on
março 14, 2017
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