Os dois cântaros
Um moço religioso que vivia entre os monges do deserto sentia-se pouco inteligente e incapaz de guardar os ensinamentos recebidos.
Entristecido, procurou um velho sábio e lhe disse:
– Apesar dos esforços constante que faço, não chego a conservar na memória,
durante muito tempo, as instruções que recebo. Vão, também, para o esquecimento, os trechos mais belos que leio, diariamente, no Evangelho.
durante muito tempo, as instruções que recebo. Vão, também, para o esquecimento, os trechos mais belos que leio, diariamente, no Evangelho.
O sábio que o escutava com paciência e bondade pegou dois cântaro e falou ao jovem:
– Meu filho, toma um daqueles cântaros, coloca um pouco d’água, e depois lava-o cuidadosamente. Enxuga-o com o teu próprio hábito e devolve-o ao lugar onde estava.
Obediente, o moço fez exatamente o que lhe determinou o sábio. Concluída a tarefa, o ancião perguntou-lhe qual dos dois cântaros estava mais limpo e claro:
O rapaz tomou nas mãos o cântaro que acabara de secar e respondeu:
– Este, por certo, está mais limpo. Lavei-o com muito cuidado – disse sorrindo.
O sábio, então, apontando para o cântaro limpo retorquiu:
– Repara bem que ele difere muito daquele outro que não foi lavado por você e continua sujo e empoeirado. Porém, embora inegavelmente limpo, este cântaro não retém mais vestígio algum da água que o purificou.
Extraído do Livro "Dinâmicas: Quebra-gelos e ilustrações". Ivanildo Gomes, MDA Publicações, 2011.
Extraído do Livro "Dinâmicas: Quebra-gelos e ilustrações". Ivanildo Gomes, MDA Publicações, 2011.
Os dois cântaros
Reviewed by Ezequiel Ramalho Gomes
on
julho 31, 2016
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