Pastor de mega-igreja que tratava a depressão como um problema de saúde mental se mata aos 30 anos depois de oficiar o funeral de uma mulher que também se matou
Um pastor popular conhecido por sua campanha nas igrejas cristãs que tratava depressão e pensamentos suicidas como problemas de saúde mental se matou.
Jarrid Wilson, um dos pastores da mega-igreja Harvest Christian Fellowship em Riverside, Califórnia, EUA, se matou. Ele tinha 30 anos.
Wilson, pai de dois filhos, havia oficiado no funeral de uma mulher que havia tirado a própria vida pouco antes do próprio suicídio dele.
Ele foi o fundador de uma organização evangélica chamada Anthem of Hope (Hino de Esperança), que oferece assistência psicológica profissional para ajudar pessoas que lidam com depressão e pensamentos suicidas.
O suicídio de Wilson ocorreu durante a Semana Nacional de Prevenção ao Suicídio nos EUA. Muitos de seus tuítes finais foram sobre tratamento de saúde mental, exortando seus seguidores a procurar psicólogos.
Em um post na segunda-feira, ele escreveu: “Amar Jesus nem sempre cura pensamentos suicidas. Amar a Jesus nem sempre cura a depressão. Amar a Jesus nem sempre cura transtornos de estresse pós-traumático. Amar Jesus nem sempre cura a ansiedade. Mas isso não significa que Jesus não nos oferece companhia e consolo. Ele sempre faz isso.”
Wilson descreveu abertamente seus próprios desafios de saúde mental em seu livro mais recente, “Love Is Oxygen: How God Can Give You Life And Change Your World” (O amor é oxigênio: como Deus pode lhe dar vida e mudar seu mundo).
Ele escreveu em seu blog no início do verão que havia lidado com “depressão profunda durante a maior parte da minha vida e contemplado o suicídio em várias ocasiões.”
Além de sua esposa, Wilson deixou seus dois filhos, Finch e Denham, sua mãe, pai e irmãos.
Todos os principais sites cristãos que fizeram a cobertura do suicídio dele louvaram o testemunho cristão dele sem, porém, condenar o suicídio.
A família de Jarrid merece toda compaixão. Mas o suicídio e a cultura, dentro e fora da igreja, que o favorece não merecem nenhuma compaixão.
Não estamos em posição de julgar o que aconteceu com Jarrid depois de seu suicídio, mas o excesso de empatia por ele e por outros cristãos que se mataram e o ambiente sem julgamento e positivo que não critica nem condena o ato de suicídio hoje são estranhos para a cultura da Bíblia, que não conhecia tal ambiente positivo para o suicídio. Aliás, na Palavra de Deus todos os casos de suicídio envolviam pessoas em rebelião contra Deus. Judas é só um dos exemplos.
Se na Bíblia houvesse o mesmo ambiente positivo e sem julgamento para o suicídio que vemos rastejando na igreja hoje, é seguro concluir que veríamos na Bíblia vários homens e mulheres de Deus tirando suas vidas. Mas não vemos isso.
Embora hoje haja uma tendência crescente para os cristãos procurarem assistência “psicológica profissional,” na Bíblia os homens e mulheres de Deus apenas buscavam o Senhor com todo o coração e recebiam respostas.
Portanto, enquanto hoje existe uma cultura, dentro e fora da igreja, que não desencoraja o suicídio ao discutir pessoas que se mataram, havia uma cultura de suicídio totalmente negativa na Bíblia que desencoraja as pessoas boas de se matarem.
Dizer que “Amar Jesus nem sempre cura pensamentos suicidas” é sem sentido, levando a duas conclusões inevitáveis: Jesus é incapaz de lidar com vozes demoníacas sussurrando na mente que suas vítimas devem tirar suas vidas ou que as vítimas não buscaram o Senhor como deveriam, porque se a assistência “psicológica profissional” é a única esperança, então as pessoas na Bíblia que não tinham acesso a essa “assistência” não tinham esperança alguma e deveriam ter tido uma maior taxa de suicídios. Mas eles não tinham tal taxa alta. Aliás, a Bíblia mostra claramente que o suicídio não tinha presença no meio do povo de Deus. Nossa geração cristã que busca mais assistência “psicológica profissional” do que busca a Deus tem, na verdade, essas taxas mais altas.
Não dá para a resposta verdadeira ser o fato de que eles tinham o Evangelho “Deus é a única ajuda,” enquanto hoje existe outro evangelho oferecendo assistência psicológica? O problema é que quando as pessoas oferecem o evangelho da assistência psicológica, mesmo elas não encontram as respostas que oferecem para outras pessoas.
Tal agora é a tragédia que os que recebem e os que prestam assistência psicológica dentro das igrejas acabam em suicídio.
Sei o que são depressão e pensamentos suicidas? Sim, eu sei, e os derrotei. Quando fui batizado no Espírito Santo décadas atrás, a depressão foi derrotada. Quando aprendi a usar a autoridade do nome de Jesus, todos os demônios que sussurravam pensamentos suicidas foram derrotados.
O que Deus diz na Bíblia para as pessoas em depressão?
“Invoca-me no dia do perigo! Eu te livrarei, e tu me darás glória.” (Salmo 50:15 KJA)
“Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.” (Salmo 91:15 NVI)
A Bíblia ensina que os pastores cristãos são modelos para a congregação seguir. Então, se um pastor tem pensamentos suicidas regularmente, por que ele é mantido em seu cargo pastoral como um bom modelo antes de derrotar os demônios que sussurram pensamentos suicidas em sua cabeça?
Se Davi, que escreveu a maioria dos Salmos, prevaleceu sobre a angústia em sua alma — o que as pessoas chamam de depressão hoje — sem assistência de psicólogos e se multidões do povo de Deus na Bíblia derrotaram a depressão apenas buscando a Deus com todo o coração, por que é que os cristãos e pastores hoje não conseguem seguir o exemplo deles?
Por que é que os cristãos deveriam seguir os chamados especialistas cristãos em “saúde mental” se eles mesmos estão se matando?
Versão em inglês deste artigo: Megachurch pastor who treated depression as a mental health issue kills himself at age 30 after officiating at the funeral of a woman who had also killed herself
Fonte: www.juliosevero.com
Leitura recomendada:
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Reviewed by Ezequiel Ramalho Gomes
on
maio 08, 2020
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